“ad
libertas”
A
ti, que tantas vezes fora cantada.
A
ti, ó insondável,
qual
não se pode saber onde encontrar.
Na
morte?
No
amor?
Na
loucura?
Em
sua honra, amada musa.
Deste
que te almeja,
deste
que te busca,
deste
que te beija.
Deste
que te deixa
por
ter tido a liberdade de sonhar
sem
preocupar-se com a verdade
e
que viu tua falsa imagem
ser
imposta livremente.
Deste
que acordou
e
preferiu viver preso em sua utopia
a
continuar vivendo “livre” por aí, amordaçado,
com
os braços atados numa camisa-de-força (invisível e real).
De
um cativo que abdica desta liberdade
que
nos permite não fazer o que quisermos,
que
nos permite sermos servos,
presos
livremente.
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