domingo, 18 de março de 2012

Hoje cruzaste o limite.
Pisaste vacilante sobre a última estrada.
Hoje entoamos o canto mais triste,
Na elegia de um blues para uma morte anunciada.
Trocaste teus passos mais trôpegos sobra a linha da vida,
A mais tênue e mais oscilante.
Enveredaste pelo caminho mais infeliz: o da tua derrocada.
Encontraste a hora derradeira sobre o asfalto,
O ponto terminal de tua jornada.
Não olhaste à frente, sem procurar o futuro.
Não olhaste para trás, sem lembrar o passado.
Deixaste sem rumo teus filhos, sem sorte, sem nada.
Aos teus amigos o pranto como um trago de cana.
Às mulheres da casa fez tuas herdeiras, da prole, da dor e da vida mal dada.    

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