segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O Dia da Procrastinação

O dia da procrastinação. 
Dia daqueles em que tudo se adia.
Haverá pouco trabalho, a reunião foi adiada,
não haverá aulas talvez. 
Os amigos ficarão em casa.
Pelo telefone procuro a amada 
para contar que hoje tudo ficou para mais tarde.
O espaço parece desordenado.
O tempo letárgico corre lento como um samba desritmado.
Horas depois estarei em casa e vou dormir
que hoje tudo parece desalinhado.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010



Senti soprar um vento forte
tal qual o ar de uma noite de cristal, 
o que sobrou da luz do cosmos, 
luar gelado sobre um espelho de metal. 

A lua está enfeitada com um colar de estrelas.
A noite é minha companheira, é! 
O orvalho mostra a noite enamorada 
e uma calçada se faz cama aos meus pés.

Senti no corpo um peso grande
do ar pesado de uma noite de cristal,
brisa da noite para um ébrio errante
e um blues pulsante sob a lua tropical.

Se a lua está enfeitada com um colar de estrelas,
a noite é minha companheira, é! 
O orvalho mostra a noite enamorada 
e uma calçada se faz cama aos meus pés.

sábado, 27 de novembro de 2010

if your wings seems small (never you are late to learn fly away)

if your wings seems small (never you are late to learn fly away)

don't worry my friend,
if your wings seems small.
after all this way nor always goes down
and sometimes the sky are close to her hands.
if you really want, 
never you are late 
to learn to fly away.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Vários (múltiplos de um mesmo um)


Vários (múltiplos de um mesmo um)


Várias luzes de uma mesma lua.
Várias faces de uma mesma rua.
Várias fases, vários rumos de uma mesma história.
Vários beijos entre a minha boca e a sua.

Vários tempos de uma mesma nota.
Vários tons de uma mesma corda.
Várias notas de uma mesma música.

E de tudo mais que temos em comum, isto é pouco.

Vários pontos de um mesmo fuso.
Várias partes de uma mesma reta.
Várias retas de um mesmo ciclo.
Várias gotas de um mesmo copo.
Vários tombos de um mesmo corpo.
Várias pétalas de uma mesma rosa.

E de tudo mais que temos em comum, isto é pouco.
Posto que podemos ser apenas.

Várias cores de uma mesma tela.
Vários nomes de uma mesma letra.
Várias letras de uma mesma tecla.
Várias frases de uma mesma prosa.
Vários pontos de um mesmo conto.
Vários contos de um mesmo livro.
Vários coros de um mesmo canto.
Vários cantos de uma mesma sala.

E de tudo mais que temos em comum, isto é pouco.
Posto que podemos ser apenas múltiplos.

Várias pedras de um mesmo rio.
Vários rios de um mesmo fluxo.
Vários fluxos de uma mesma água.

E de tudo mais que temos em comum, isto é pouco.
Posto que podemos ser apenas
Múltiplos de um mesmo um.

                                                                                       Cesar Augusto Matos

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Since a long time, 
I'm still waiting. 
You're who can do me rise up or to fall. 
So come on, pretty baby! 
stand by my side
and be all mine for a long life. 

Just understand: I love you , Baby. 
Just understand: I want you , Baby.

Because I don't matter, 
I hope badly or better, 
get you now and later 
as my love maker. 
The time do me rise. 
The time do me fall.
The time is long, 
than it is small. 
Just understand: I love you , Baby. 
Just understand: I want you , Baby.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

MULTIPLICIDADE DOS CANTOS CONCEBIDOS SOBRE IMPRESSÕES À QUÁDRUPLA RAZÃO.

Multiplicidade dos Cantos Concebidos sobre Impressões à Quádrupla Razão
    (Bruno Silveira / Carlos Eduardo (Tucano) / Cesar Augusto (Zarce) / Victor Hugo)
 I

Cantos insoles
solenemente invadem meus ouvidos ébrios,
segundos psicodélicos.

Apenas o som cotidiano de um tempo passado,
vida que corre, que vai e que vira,
de repente desatina num compasso desritmado.
A vida auto-falante, de filtro amarelo, cabelo amarrado.
Ela sentida ao embalo de uma canção,
repentina vida
concebida no poema plural e sativo
que aos poucos vem, vindo a quatro mãos.

II

Peixes de rio
em nossos corpos descansam,
nas ondas de frequência
onde canta a voz etéria.
Corações jovens balançam, na mecânica matéria...

Temos um vislumbre aquoso de um encontro auspicioso.
Um instante, um mergulho aos olhos do espírito.
Um gole d'água, uma idéia em princípio.
Uma viagem em seu início no solstício da ilusão
e em cada parte forma-se a corrente,
conecta vinil e respira inspiração,
de idéia    em    idéia,
pensamento   em   pensamento,
faz-se a torrente. De pingo em pingo,
o clube na agulha faz um respingo.
Aretha fagulha no leito de um rio, 
um blues no coração colore a oração
de meus absurdos tímpanos mudos,
no vago sentido obscuro
de buscar o amor.

III

...Minha vida de fósforo folk
acende o mundo esta noite.
Meu dia é véu,
veneno de manto sem estrelas,
sem constelação ou vulva morena.
Costuro sem agulha meu coração banhado em éter,
lambe gilete e dispensa catéter...

(Remédio "Pra" Você) SINTAX 2000.® Poesia Prafrentechs™

WORD ART (VISUAL POETRY ENTERTAINMENTS)



"What's Happening? Happiness!"






Fra-Z (Unidade Mínima de Linguagem)













"Take These Bronken Wings And Learn To Fly"

sábado, 11 de setembro de 2010

Nelson Rodrigues: um olhar profundo sobre o Rio de Janeiro.

Cesar Augusto Matos



Nelson Rodrigues: um olhar profundo sobre o Rio de Janeiro.

O título deste trabalho representa a intenção de transmitir os comentários sobre a obra de Nelson Rodrigues, mas não originados de uma leitura que pretende ser uma “análise crítica de uma obra literária”, sendo simplesmente uma singela “leitura reflexiva” da obra do escritor. Sem dúvidas a arte de Nelson Rodrigues (1912 – 1980) nos oferece material para a análise minuciosa de cada escrito com profundidade na forma e no conteúdo. Seus elementos estéticos, suas estruturas narrativas e seus recursos lingüísticos nos dispõem o material para a crítica literária, se é melhor colocarmos nestes termos (de crítica literária). Já os sentimentos de passionalidade que nos infundem suas imagens e palavras são oriundos da relação intimista entre o autor e os anseios e alegrias, prazeres, angústias e conflitos morais e sociais de um homem do século XX. Essa relação é realizada no ambiente do espaço urbano carioca, a partir de um sujeito histórico de quem, respeitosamente, podemos dizer um eloqüente boêmio nos proporciona o esperado entretenimento e a divida instrução. Assim as palavras de Nelson nos comunicam seu olhar sobre o assalariado suburbano e sobre o burguês carioca e numa analogia poderíamos dizer que ele, do topo de um “morro da Urca” os vê, a cada um, dentro de seus quartos. Isto é, numa visão sobre a sociedade fluminense considerando-a em seu todo, como grupo ou corpo social, e considerando-a em suas partes, como em cada indivíduo humano. Nas obras de Nelson as experiências humanas das paixões e vontades ou das convenções sociais e dos comportamentos, os conteúdos sobre moral e sobre costumes, sobre religião, ética e política são contados no ambiente das dores e prazeres de um homem. Este texto por sua vez é apenas o dialogo indireto com um artista dotado da sensibilidade de um apaixonado e da sapiência de um erudito, que pode nos parecer um mestre ou um companheiro que nos permite chamá-lo apenas de Nelson.
Suponho ser coerente dizer que as obras de Nelson Rodrigues foram criadas sobre os moldes estéticos que lhe dão a forma inovadora da arte do século XX. Elas ainda ofereceram novo fôlego à literatura brasileira. E creio que apenas as premissas de uma arte poética libertária, encontradas na arte modernista, permitiriam um tipo de tragédia atualizada ou contemporânea como a criada por Nelson.
Com a adoção de ambientes que podem ser reconhecidos fisicamente o autor nos proporciona a representação de espaços familiares. Assim como com a narrativa de um tempo consideravelmente próximo o autor pôde compartilhar suas experiências de modo a inspirar no leitor sensações de verossimilhança com a realidade vivida no cotidiano de cada um, para mais perto ou mais longe, porém sem deixar de relacionar-se com autor e obra podendo identificar-se a si mesmo. Já a linguagem com qual apresenta suas estórias pode ser considerada popular ou coloquial, mas isso não lhe desmereceria, afinal essa linguagem popular permitiu que sua obra fosse amplamente difundida em língua nacional e estrangeira e assim Nelson se popularizaria.
Não ousaria assumir intenções para (um libertino) Nelson Rodrigues ao criar suas obras, fazendo parecer que o autor, deliberadamente, nos oferece argumentos para os fundamentos antropológicos de sua arte, no entanto é cabível oferecer a ele este corolário.
Numa abordagem pelo viés estético dos textos poderemos alcançar seus conteúdos antropológicos. A contextualização das obras dentro da Teoria Estética Moderna, remontando a “Os Bandoleiros” (Die Räuber, 1781) de Schiller, nos mostrará que Nelson Rodrigues pôde aproximar leitor e obra e, utilizando o tempo próximo e lugares comuns, em cenas ambientadas no espaço urbano do Rio de Janeiro, associadas ao cotidiano e a adoção de uma linguagem popular servem para a determinação histórica dos indivíduos representados pelas personagens. Bem como a criação de personagens oriundas de esferas sociais menos prestigiadas na tragédia anterior à tragédia burguesa a partir do século XVIII, que enfrentam conflitos e anseios antes reservados às personagens da elite, permitiu a ele criar um tipo de tragédia atualizada, nos levando ainda à possibilidade de colocar o indivíduo face ao corpo social que ele compõe. Em termos modernos isso significaria empreender a determinação do sujeito e a partir dele, em movimento exterior, lançando-o em transcendência a uma totalidade na esfera do social, universalizá-lo. Isto significa que é necessário perguntar quem é este homem que sente as dores e prazeres, que vive as experiências, encontra os conflitos e participa de uma totalidade compondo grupos e cultura. Se a partir dos textos de Nelson pudermos explorar os costumes, também nos ressaltará o indivíduo.
A possibilidade de remontar de Nelson Rodrigues a Friedrich Schiller se faz presente, a pesar do longo espaço cronológico que os separa, porque há em suas obras vários pontos comuns. Johann Christoph Friedrich Von Schiller (1759 – 1805) foi um poeta, dramaturgo, historiador, filósofo esteta, prussiano que viveu no cerne da formação literária alemã. Ele compunha junto a autores como J. W Von Goethe, Friedrich Maximilian Kingler e Johann Gottfried Von Herder, entre outros, o sturm und drang (tempestade e ímpeto), movimento pré-romântico alemão. O sturm und drang (1760- 1780), antecedeu, na Alemanha do século XVIII, ao período classista do romantismo alemão (1780 – 1805) e foi um movimento literário que reivindicava em campo estético a possibilidade de produzir um tipo de arte emancipadora, livre de vez dos cânones da arte cortesã regida pelas regras racionalistas da poétique classique française (poética clássica francesa) e podendo assim empreender um tipo de literatura engajada socialmente, onde os textos, diferentemente dos textos da tragédie classique (tragédia clássica), deveriam ser escritos em língua nacional, com linguagem popular e pouco rebuscada, para então assumirem seu caráter de arte transformadora da cultura e do corpo social.
Se o “jovem Werther” de Goethe assumia princípios de transformação, sobretudo estética, o “jovem Karl Moor ”de Schiller assumiria um princípio de transformação social a partir de um campo estético. Autores como Kingler e Schiller só poderiam engendrar uma arte crítica no sentido de voltar-se para a sociedade e para os costumes, refletir sobre eles e poder intervir de modo a transformá-los, se assumissem como fundamento de sua arte a possibilidade de, através da expressão artística, universalizar o indivíduo determinado historicamente. Então toda a singularidade das vivências de um indivíduo pode ser socializada por ele através de sua realização concreta, vindo a compor algum tipo de cultura.
Em “Os Bandoleiros” (Die Räuber, 1781), Schiller aborda questões sociais e políticas que dizem respeito a um corpo social, mas também aborda questões éticas e morais inerentes ao indivíduo como tal. O protagonista do drama é Karl Moor, um jovem que em seu comportamento radical demonstra sua insatisfação diante de uma cultura elitista totalitária, opressora e submitiva, erigida sob a égide dos governos monárquicos dos dois primeiros séculos Modernos. Karl está insatisfeito com os planos aristocráticos de seu pai e com a disputa familiar promovida contra ele por seu irmão, Daniel Moor, em face dos bens da família e do amor do pai. Logo Karl foge de casa e compõe um grupo que não se sabe se são revolucionários ou apenas arruaceiros. Junto a personagens de nomes sugestivos como Grimm (no alemão: ira), Spiegelberg (no alemão: montanha de espelhos) e Schufterle (no laemão: patife), Karl sai sem destino, para livrar-se dos domínios do pai, dos domínios de uma sociedade aristocrática e da ameaça eminente do irmão, que inveja a ele, trama contra ele diante do pai e o persegue com a finalidade de assassiná-lo e assim apartá-lo da herança da família.
Os pontos comuns entre Schiller e Rodrigues podem ser notados na intenção dos autores em produzir literatura em linguagem popular, retratando cenas do cotidiano, permeada pela crítica, tal qual a crítica social, e que versa sobre os desejos, paixões, angústias e conflitos subjetivos face às convenções sociais objetivas.
Como conclusão da comparação entre Nelson Rodrigues e Friedrich Schiller, assumirei as intenções de Schiller que são apresentadas explicitamente em suas teses “sobre a educação estética do homem” (Schiller, J. C. Friedrich Von, Cartas Sobre a Educação Estética do Homem, 1795), onde o autor propõe que há a necessidade de determinar historicamente o indivíduo representado pela personagem e a partir disto universalizá-lo posteriormente, de modo que sua singularidade, bem como sua realidade fictícia, possa ser objetivada e encontre relação com uma realidade objetiva, ou seja, para que seja possível associar ficção e realidade podendo, através da arte, intervir na realidade concreta, podendo até transformá-la. Para Schiller, a abordagem de questões morais e sócio-políticas numa tragédia dramática será uma estratégia para oferecer conteúdos que possam ser apropriados pelo leitor, promovendo a aproximação deste último à obra e ao autor, quando poderá o leitor apropriar-se da problemática apresentada nos textos, desenvolver suas reflexões a partir dela e assim chegar a modificar seu comportamento. Logo, a crítica do autor é apresentada ao leitor que assumirá, por sua vez, uma atitude crítica transformadora. Assim a arte promoverá o comportamento crítico e poderá ser capaz de interferir na realidade.

Referências Bibliográficas

Rodrigues, Nelson. Anjo Negro; São Paulo: Nova Fronteira, 2005.

________________. Álbum de Família; São Paulo: Nova Fronteira, 2004.

Almeida, Neville de. Os Sete Gatinhos; roteiro: Neville D'Almeida e Gilberto Loureiro; produção: Cineville Produções, Embrafilme e Terra Filmes; Embrafilme, 1980.

Facina, Adriana. Santos e Canalhas: Uma Análise Antropológica da Obra de Nelson Rodrigues; São Paulo: Civilização Brasileira, 2004.

Schiller, Friedrich. Os Bandoleiros; trad. Marcelo Backes; São Paulo:LP&M, 2001.

Rosenfeld, Anatol. Autores Pré-Românticos Alemães; São Paulo: Herder, 1965.

________________. Teatro Alemão: história e estudos, parte I; : São Paulo: Brasiliense, 1968.

Moraes, Aline J. Distinção Social e Desconforto Burguês em Werther in Revista espaço Acadêmico, ano V, nº 49; http://www.espacoacademico.com.br/049rea.htm : junho/2005.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Creio que a vida me fez forte mas para cobrar não me deu sorte.
Talvez tenha bons modos para ser querido e, ainda assim, hei de estar só,
não terei jeito para ser amado.
Creio que vim com juízo para dobrar os meus desejos
e em troca disso deixei a coragem de tomar um beijo.
Quem sabe a maior dádiva foi a força para aguentar ficar parado.

domingo, 25 de julho de 2010

Il cuore appassionato vive quanto
il fiore al Sole.
Un cuore appassionato
vive quanto
un fiore
sotto il Sole.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Quem Dera

"Quem dera"

Quem dera se esta água que molha meu rosto
lavasse meu espírito e limpasse meus olhos!
Se esta água que embebesse minha boca e rechaça o calor dos meus lábios
pudesse esfriar o meu sangue...
Quem dera este rio da vida, que corre ligeiro,
te levasse para longe.
Eu seria contente em atracar o meu barco,
não nadar contra a corrente,
sentar à margem e te ver ir embora.

sábado, 10 de julho de 2010

Somente um Trovão

Não te aflijas, nem te desesperes diante do infortúnio.
Pois o fato de os sonhos não serem palpáveis,
em momento algum diz serem inatingíveis ou inalcansáveis.
Então concentra-te no que tu queres,
com o grande almejar, de paulatina forma eles (os sonhos)virão.
Agora sossega e recosta a cabeça no travesseiro.
Querendo e não contendo-te em chorar, chora!
Não foi nada, somente um trovão!
Lembra-te que as mesmas negras nuvens de tempestades
jorram água cristalina.
Em meio a pedras e escombros,
o mesmo tropeço que gera um vale de lágrimas,
revela um vale de ombros.

Matos, Cesar A. "SOMENTE UM TROVÃO" in "Versos & Escritos". Piraquara:Zarce, 2004.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Tudo o que atrapalha o caminho, voe para longe
Como a fumaça pelo vento.
Véu que criva a visão, voe para longe
Com a fumaça pelo vento.
Todos os pensamentos ardilosos, vão como as horas;
Os sentimentos mais incômodos;
Voem com a fumaça pelo vento
Tome-nos pelas mãos, madrinha Senhora da Conceição.
Botai-nos no colo e acalantai aos nossos ouvidos.
Que isso a agitar-se pesado dentro do peito
Vá embora para deixar a alma ser serena novamente.
Que este embaraço aturdido seja desfeito
E possa dar lugar ao alento.
Que a vida traga aos nossos olhos coloridos,
As flores do pensamento, as cores, a forma e a graça.
Ao espírito, a calma e o prazer de cantar a vida alegremente.

terça-feira, 6 de julho de 2010

das paixões mal sucedidas

O análogo das paixões mal sucedidas é o palito que queima de uma chama viva e esplendorosa.
De início arde forte,
mas dura pouco e ao final queima-lhe os dedos;
Deixa um sinal que logo acaba
tal qual a dor que passa
ou a fumaça dispersada pelo vento.

(Cesar Augusto Matos)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Manifesto II

Manifesto II

Absentir as palavras poestilizadas
Como um writer de interiores.
Criar algo de profunda filosofilia,
Devanaufragear num mar de abobrinhas
Onde vivem peixes antropocefalófagos
Que urubuservam o vôo dos corvos delirantes
Sobre o vagaluminoso lume do luar
E enfim poder alfarrabiscar estrelas nos tetos,
Nas paredes ou qualquer coisa assim,
Fazendo-te absentir do ventre do espírito
O quanto o vento encanta e a mente inventa.


Victor Hugo e Cesar Augusto

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Enfim poderei dizer a todos
Que sou feliz e estou tranqüilo e sorridente.
Podem notar que há bastante tempo
Eu não me encontrava contente assim.
Mas agora é diferente, tenho um sol só para mim.
Minha amiga, minha musa, minha bela me quer bem
E aparece na janela que ilumina minha sala quando ela ri pra mim.
Quero então dizer a todos que estou contente, sim!
O meu sorriso já diz tudo:
De tudo aquilo que eu quis, hoje encontrei enfim,
Das jóias a mais rara,
A melhor flor para o jardim,
Uma rede bem macia, a melodia mais bonita,
Uma estrela radiante, um alguém para ser feliz.